21 de agosto de 2006
Foi sem querer querendo...
Ah, quando uma imagem despretensiosa vale muito mais que uma estratégia cara de divulgação... Neste final de semana, tive um claro exemplo disso. Estava fazendo as unhas para o casamento da Juju e do Saulo e peguei um bolo de revistas para folhear. Numa delas, dessas semanais com artistas na capa, parei para ver a seção de agitos da semana (passada). Estava lá uma megafesta que uma operadora de telefonia celular e uma fabricante de celulares promoveram no Rio para o lançamento de um modelo luxuoso, tipo público AAA+. Muitas modelos e globais, sorrisos e gente linda, mas não havia menção às duas empresas - nem sequer um rabichinho de logo aparecendo em uma das fotos, só para constar. Nada. Três páginas antes (quem me conhece sabe que eu adoro ler revista de trás para frente), estava lá em uma estréia teatral uma daquelas globais - e que, por sinal, ganhou o mimo dourado -, desta vez como pessoa física. E sabe o que essa estrela tinha na mão? Um celular da concorrência. Pior: um celular da concorrência que, apesar de ser um ótimo aparelho, foi lançado há quase um ano e até já saiu de linha. E que, se duvidar, ela comprou com o próprio dinheiro. Sei que isso que aconteceu não deve afetar mais que meia-dúzia de pessoas, com a culpa recaindo sobre a assessoria de imprensa. Mas comprova minha teoria de que já passou da hora das empresas pararem de presentear sempre as mesmas pessoas, com a idéia de que vão sair mais na mídia. Porque você tem que ter um atrativo a mais para conquistar o público, seja ele global ou não.
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