30 de agosto de 2006

Ainda hoje, mais revoltas

Eu nunca entendi as empresas que não colocam endereço e PABX em seus sites. Pode ser para evitar uma enxurrada de ligações - mas também afasta possíveis clientes. Fora que me cheira a um quê de picaretagem... sei lá, não confio muito não. Nem acredito que alguém vá responder ao meu e-mail rapidamente.

Agora, assessoria de imprensa que não divulga o telefone no site é imperdoável. Hello! Que empresas de comunicação mais comunicativas!!

Títulos que não deveriam existir e outras coisas...

- "YouTube introduces...".
Tá bom, será que é piada só pra gente?

- "Pesquisa aponta quelentidão no desempenho dos aplicativos gera perda de negócios". OK.

- Quem conhece alguém que já foi entrevistado pelo Datafolha põe o dedo aqui, que já vai fechar. Vale também para o Ibope.

Frase da semana:
"Pelo preço de um carro você pode ter um Jaguar. A partir de R$ 250.000".
Juro por Deus que isso está escrito em uma faixa enorme em frente à loja da Jaguar na av. Europa (depois eu coloco uma foto). Falta noção?

Por falar em noção, um anúncio para estagiário de jornalismo para uma rede de broadcast japonesa exigia o seguinte perfil: primeiro ou segundo anos, com inglês, espanhol e japonês fluentes - mas o português podia faltar, já que o próprio anunciante disse que não iria "analiZar" currículos que não preenchessem os requisitos. Um outro, para assessoria de imprensa na área musical, pedia candidatos que estivessem cursando o primeiro ano e "com pelo menos três meses de experiência". Já que é preciso começar a trabalhar na área antes mesmo de entrar para a faculdade, de repente era melhor aprovar logo de uma vez a lei que derruba a obrigatoriedade de diploma. Aliás, faculdade de jornalismo pra quê, mesmo??

25 de agosto de 2006

Mas não era do padre? (ou frade, sei lá)





Como consumidora, eu sou muito chata. Mais ainda quando me sinto enganada por algum "gênio de produto" ou "gênio do marketing" que deve achar que todo mundo é idiota. Deixa eu explicar: eu AMO o chocolate do Padre/Frade da Nestlé, aquele solúvel que é insubstituível caso você queira fazer o melhor brigadeiro do mundo. Então, imagine a minha surpresa quando cheguei ao supermercado e dei de cara com a barrona acima... fiquei sonhando com mil e uma receitas em que eu teria que derreter o meu chocolate favorito (só para constar, eu sou da turma que acha que chocolate mesmo tem que ser amargo, no máximo meio-amargo)... Só que, ao chegar em casa e abrir a barra, eu descobri que era o velho chocolate ao leite da Nestlé, só que com a cara do meu chocolate favorito. Decepção!! Não tive dúvidas: liguei para a Nestlé para reclamar. Me senti lesada, enganada, feita de trouxa (R$ 13 em um chocolate que eu nem gosto?? Podia ter comprado o Lindt 70% cacao com esse dinheiro e ficaria mais feliz). E eles nem ligaram. Agora me diga: usar uma mesma marca e identidade visual em produtos que não têm nada a ver um com o outro não deveria ser considerado crime contra o consumidor??

23 de agosto de 2006

Tenha a santa paciência

Apenas um comentário rápido: faz dois dias que uma porção de sites (sim, eu fico navegando a esmo) estão dando a manchete "Britney Spears descuida do visual durante a gravidez", ao lado de uma foto da fulana enchendo a cara de milk shake. Independente do teor das matérias, qualquer desavisado que já tenha visto uma foto da moçoila sabe que ela NUNCA cuidou do visual. Logo, isso não é notícia. Certo?

21 de agosto de 2006

Foi sem querer querendo...

Ah, quando uma imagem despretensiosa vale muito mais que uma estratégia cara de divulgação... Neste final de semana, tive um claro exemplo disso. Estava fazendo as unhas para o casamento da Juju e do Saulo e peguei um bolo de revistas para folhear. Numa delas, dessas semanais com artistas na capa, parei para ver a seção de agitos da semana (passada). Estava lá uma megafesta que uma operadora de telefonia celular e uma fabricante de celulares promoveram no Rio para o lançamento de um modelo luxuoso, tipo público AAA+. Muitas modelos e globais, sorrisos e gente linda, mas não havia menção às duas empresas - nem sequer um rabichinho de logo aparecendo em uma das fotos, só para constar. Nada. Três páginas antes (quem me conhece sabe que eu adoro ler revista de trás para frente), estava lá em uma estréia teatral uma daquelas globais - e que, por sinal, ganhou o mimo dourado -, desta vez como pessoa física. E sabe o que essa estrela tinha na mão? Um celular da concorrência. Pior: um celular da concorrência que, apesar de ser um ótimo aparelho, foi lançado há quase um ano e até já saiu de linha. E que, se duvidar, ela comprou com o próprio dinheiro. Sei que isso que aconteceu não deve afetar mais que meia-dúzia de pessoas, com a culpa recaindo sobre a assessoria de imprensa. Mas comprova minha teoria de que já passou da hora das empresas pararem de presentear sempre as mesmas pessoas, com a idéia de que vão sair mais na mídia. Porque você tem que ter um atrativo a mais para conquistar o público, seja ele global ou não.