6 de fevereiro de 2007

História para boi dormir

Quem me conhece de perto sabe que eu já trabalhei com muitas figurinhas. Mas eu nunca tinha trabalhado com alguém mau caráter até meados de 2005. Para resumir a história, peguei uma trinca de ouro - e estou pagando o pato até hoje pela (má) escolha que fiz. Faz parte da vida e do amadurecimento, inclusive profissional. Mas podia ter dormido sem essa. Porque sou apaixonada pelo que faço. Nunca ambicionei ser chefe ou abrir minha empresa de comunicação (sou boa para trabalhar em equipe, não para mandar, sou meio bundona), sempre quis ser reconhecida pela qualidade do meu trabalho. Por ter pedido respeito em um momento de chilink (ops - não meu, claro) -, fui destroçada em poucos meses, humilhada. Copiando descaradamente o que esse meu ex-chefe escreveu no blog dele (em um post em que se fazia de coitadinho e que sei lá por que ele tirou do ar), "Pedi para me dizerem o motivo da demissão. Mas não ouvi nada que fizesse sentido, apenas evasivas" (ah, sim, ele também foi demitido, após ter mandado embora umas 8 pessoas - algumas delas entre as mais competentes que eu conheço, em atos de histerismo e estrelismo que até poderiam entrar para a história do jornalismo. Das conversas de corredor do jornalão eles já fazem parte).
É estranho voltar após tantos meses a esse blog para fazer um desabafo, mas honestamente os últimos tempos foram difíceis e só agora começo a retomar a velha forma. Escrevo por indignação dele ter tirado o post do ar, de forma tão misteriosa... será que foi vergonha? (Se bem que não creio que tenha feito um exame de consciência, certas pessoas simplesmente não têm alma). Mas escrevo também feliz por ter voltado a ter a capacidade de constatar o quanto eu já realizei nesses 14 anos de profissão - e de me orgulhar de muitas coisas. Minha consciência hoje está tranqüila e acabo de fazer as pazes comigo mesma, pelo menos com a jornalista que há em mim. Agora, quanto a ele... sinceramente...

6 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Rê, tudo bem? Fico muito feliz que você esteja voltando à ativa, após tantos problemas. E o melhor de tudo: com a consciência tranquila e feliz! E quanto à história citada, o título do seu blog condiz muito com o post - "Quem tem medo do lobo mau?"

Um beijo
Bruno

Henrique disse...

o blogueiro envergonhado serve de anti-exemplo de jornalismo... e ao apagar suas memórias - viva o cache do Google - se tornou um típico caso de VPP (vergonha pela pessoa), daqueles que os outros apontam na rua e dizem "olha, que ridículo".

Renata Mesquita disse...

É, Henrique, infelizmente o que motiva algumas pessoas não é vergonha, como ficamos sabendo há pouco. É ganância e desejo de vingança. Nada pior do que quem faz mal aos outros se vestir de coitadinho. O caso de VPP está ficando crônico.

Edu disse...

Esquenta não... como disse um amigo meu outro dia - ou que minha mãe também fala com freqüência - o dia dele vai chegar. Mais cedo ou mais tarde.

Anônimo disse...

Adorei o "chilink" HHAHAHAHAAH.

Como é que dizem mesmo? Aqui se faz, aqui se paga?

É...

Anônimo disse...

Renata, vivi situação bem semelhante a essa q vc relatou. Sei, portanto, o q vc sentiu: CONSCIÊNCIA TRANQUILA.
Li certa feita que "o bem que fazemos aqui é nosso advogado onde quer que estejamos" ( e eu penso que o mesmo se aplica ao mal que causamos a outrem!!!)
E isso aí: bola pra frente!